Estava com muita fome, havia chegado da escola onde havia feito a matrícula, tudo o que mais desejava era sangue, sangue humano. Mas tive que me conter, o que era difícil, minha garganta doía muito, quase um dia inteiro sem sangue, eu ficava imaginando sangue latejando e sendo derramado em minha boca, cada gota só em pensamento ja me satisfazia, eu estava agindo como um monstro, mas era o que eu realmente precisava fazer, entrei no hospital, com a desculpa de visitar um primo, nunca havia visto aquela criatura, mas precisava de sangua então valia tudo, até mentir... Entrei no quarto, o homem tinha acabado de sair da cadeia, acusado de roubo, dei um jeito de ler a ficha dele enquanto a enfermeira não vinha, ele assustado, não fazia ideia de quem eu era, assim como eu...
Olhei em seus olhos castanhos esverdeados, e com poucas palavras em um tom de voz muito baixo pronunciei:
-Você não vai gritar!
Ele fez um sinal com a cabeça de quem havia entendido que se gritasse seria muito pior pra ele.
Fechei a cortina do leito onde ele dormia, chamei a enfermeira e falei pre ela não deixar ninguém entrar ali, mas é claro que tive que hipnotizar... Então dei um longo suspiro acompanhado de um sorrisinho irônico de lado, parecia que estava esperando aquilo há séculos, então segurei lhe o braço e mordi seu pulso, onde aproveitei cada gota do sangue daquele pobre infeliz, ele não iria resistir, então dei meu sangue a ele, e continuei bebendo o seu sangue, o cara não demorou muito pra morrer, fui embora antes que ele acordasse, mas antes dele morrer certifiquei - me de hipnotiza-lo para não lembrar de nada e nem de mim. Deixei o hospital e fui embora satisfeita, como se nada tivesse acontecido... Eu sabia que ele iria voltar como vampiro, mas eu pretendia fazer aquilo toda vez que bebesse além da conta, para me certificar que um inocente não morresse, afinal, eu não sou tão má assim...